terça-feira, 10 de janeiro de 2017

A Questão do Sentimento e o Respeito a si mesmo XIX.


 O sentimento é algo nobre e nos leva ao crescimento ou nos derruba de uma vez. Vivemos tempos de dificuldade onde a verdade do sentir é colocada em terceiro ou em último plano e não olhamos para o Amor como realidade plausível e boa. Falamos do amor entre  homem e mulher como algo erótico, quando na verdade ele deve ser uma mistura  e único sentimento.  Nunca  podemos viver tríade do amor na relação afetiva entre o homem e mulher com uma vertente  única ou dual.  Quando amamos: 
  • Sentimos o desejo, o tezão a vontade de possuir a pessoa amada e  com ela e pra ela conceder todo o êxtase do prazer, esse seria o amor erótico.
  •   Quando somos  tomados pela compaixão e  queremos que a pessoas tenha toda a felicidade do mundo, partilhando tudo que somos e  esse seria o amor ágape.
  •  Por último o amor philos que envolve o cuidar o proteger e fazer ao  outro todo bem necessário para  bem viver.   
Essa tríade de sentimento não pode ser lida de forma isolada ou fechada em quartos separados. Ela habita o ser humano e no coração se confraterniza se integra e se entrega. Na mente entram no conflito do lógico e do ilógico, do real e do imaginário e  ainda do sentir, do ser e do ter.   Assim funciona e isso nos recorda uma fábula que nos ajuda a refletir.
    
Ø Um jovem Índio da Tribo Nahua, certo dia saindo pelos campos conheceu uma linda moça, que tinha um olhar triste por viver uma promessa feita ao seu pai, que viveria com um homem ilustre, o mesmo era alguem de nome e guardava um segredo.
Um belo dia, a jovem cabelos negros e olhos de jabuticaba cai em um buraco, e o pobre índio a socorre cuida dela e naquela noite, ela experimentou o amor, o prazer e o afeto. Ao amanhecer, retorna para a vila, feliz que fora salva e por ter conhecido o afeto e o carinho daquele selvagem que era mais doce que a educação do letrado europeu.
Chegou a casa, e o seu senhor que estava fora a recebeu como se não fosse importante.
Novamente, ela sai e o jovem índio a encontra a convida para viver nas matas e rios. Mas ela se recusa, e revela que devido a promessa feita ao pai não era permitido ser feliz. Que deveria viver ali com aquele ilustre senhor. Levantou o seu belo vestido e mostrou *o segredo* as marcas dos grilhões, que o ilustres usava para prende-la e devido a promessa feita ao pai não podia ser livre.
Naquele vilarejo a imagem de cidadão justo e honesto, que o ilustre passava era uma fachada, vivia com a jovem esposa presa com aqueles grilhões do sistema patriarcal, e que nenhum deles a aceitaria como ser humano se fugisse com o belo índio.
Todos a condenaria por abandonar um homem tão bom.
Ela voltou para o vilarejo para cumprir sua sentença, imposta pelo sistema que julga as pessoas pela capa, presa a uma promessa e infeliz. O jovem índio amadureceu e hoje pajé de sua tribo nos contou essa história.Não adianta oferecer a liberdade do corpo se o Espírito não estiver livre, cheio de amor.
 
Quando falamos da triade do sentimento é precisa ter por nós mesmo  para assim  poder oferta ao  outro é assim que funciona, necessitamos nos amar e assim oferecer o amor ao amante que vem ao nosso encontro. 

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